Um espaço para discussão de Matriz de Camaragibe

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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

CRISE EM MATRIZ. CATEGORIA FECHA RODOVIA PARA PRESSIONAR O PAGAMENTO DE 13º E RATEIO DO FUNDEB


Professores protestam por salário atrasado

Por: SEVERINO CARVALHO - REPÓRTER

Matriz do Camaragibe – O último dia do ano foi de protesto em Matriz do Camaragibe, a 78 quilômetros de Maceió, na região Norte do Estado. Professores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) realizaram uma passeata, ontem, que culminou com o bloqueio temporário da rodovia AL-105. Os profissionais cobram o pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro, o 13º dos contratados e o rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
“Estamos nessa mobilização e nessa vigília para garantir o pagamento dos salários porque o prefeito eleito, Marcos Paulo do Nascimento, já disse ao Sinteal que não pagará débitos da atual prefeita [Josedalva Cavalcante – a ‘Doda’, PMDB]”, declarou a presidente do núcleo regional do sindicato, Ana Gomes.
Os
trabalhadores se concentraram na sede do Sinteal, na Rua Doutor Luiz Moreira, por volta das 9 horas, e às 10h40 saíram em passeata pelas ruas de Matriz do Camaragibe. O grupo passou em frente à prefeitura, mas a sede do Poder Executivo estava fechada. Com bandeiras e um “apitaço”, reforçado pelas buzinas de motos e carros que seguiam o cortejo, os manifestantes seguiram em direção à AL-105 Norte.

Fonte: http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=215393

2 comentários:

  1. Companheiro Mario Galdino, Perdão pelo silêncio!

    Quero iniciar este pequeno texto com um relato de Paulo Freire quando diz que um pouco antes da morte de seu amigo Fiori, já com dificuldade de falar, tomou a mão de um dos filhos e lhe disse: ”Neste momento (...) preciso de duas coisas: lucidez e coragem. Lucidez para entender o que está vindo e coragem para enfrentar o que não entendo’’.
    Porque não é fácil pensar nas (os) trabalhadoras (es) em educação que, independente de sua vontade, estão reduzindo a luta a questões emergenciais, ligadas a sobrevivência biológica.
    São obrigadas (os) a concentrar esforços mais para garantir o recebimento do próprio salário já trabalhado do que para melhoria salarial e de condições dignas de trabalho.
    Como liderança dessa classe na região norte, estou buscando em Deus, nos amigos, sindicalistas e na história, lucidez e coragem como Fiori, não para entender e enfrentar a morte, mas para buscar novas estratégias de luta e enfrentar junto as (os) companheiras (es) em educadoras (es) tanta corrupção e falta de respeito desses governantes eleitos pelo povo.
    O prefeito de Matriz de Camaragibe continua dizendo que não vai pagar o salário de dezembro a nenhum trabalhador do município, que inclusive tem documento.
    A lei do FUNDEB diz que a verba não paga dívidas passadas e sim, compromissos referentes ao ano em curso, não existe outro documento. Ele pode e deve pagar com ‘’recursos próprios’’, a exemplo de outros prefeitos que já pagaram.
    Numa reunião com o Sinteal, o prefeito propôs aplicar os cento e vinte oito mil reais dos 60% da verba que entraram já em dois mil e treze. Quando receberíamos? E os juros dessa aplicação, quem teria acesso? Ficaria como a sobra de 2013, aonde foi parar? A prefeita não deu conta.

    Ana Gomes



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  2. Continuação: Companheiro Mario Galdino, Perdão pelo silêncio!

    O Sinteal sugeriu transformá-lo em percentual para passá-los imediatamente a seus devidos donos, que foram os 30% do salário de dezembro para os professores. Sendo que ainda falta o salário de dezembro integral das (os) funcionárias (os) de escola.
    O novo prefeito de Matriz de Camaragibe junto ao “eterno” coordenador do FAPEN, com mais uma barbárie impuseram as (os) aposentadas (os), parcelar o salário de dezembro em dez vezes, como se os vinte e dois por cento referentes aos trabalhadores da ativa não sobrassem, quando se paga a folha do Fundo de Pensão.
    Essa situação que a cada dia piora nos municípios de Alagoas e na Rede Estadual, me reporta a chacina da Candelária, quando assassinaram todas aquelas crianças, lhes excluindo da categoria de seres humanos, lhes ceifando a vida sem constrangimento, como se fossem animais perigosos que colocam em risco a vida dos adultos.
    Todos sabem que esses governantes estão tirando das crianças o direito à educação que está na Constituição Federal, estão cometendo um genocídio na educação das crianças, adolescentes e jovens de Alagoas. Começam pela falta de estrutura física das escolas e atingem o salário dos profissionais, quando já se tem um piso salarial nacional, ainda mínimo, eles ainda tiram das (os) trabalhadoras (es) esse direito.
    Deveriam contribuir, praticando a lei da transparência, ao invés de não prestar conta das verbas quando chegam às prefeituras e ao Estado e apoiar a luta dessa categoria, através do Sinteal e da CNTE, por 10% do PIB, 50% do Fundo Social do Pré-Sal, 100% dos royalties do Petróleo e Plano Nacional da Educação.
    A maioria dos prefeitos e o governo de Alagoas estão atuando como os coronéis na época da escravidão. Os escravos ainda trabalhavam pela ‘’comida’’ e eles estão querendo que os profissionais da educação realizem seus trabalhos na escola sem sequer receber salário e quando são contratados ou monitores, (como queiram chamar) quando recebem o salário é o mínimo ou metade do salário de um professor do quadro, no caso da Rede Estadual.
    Portanto, para mudar essa realidade é necessário que aconteça uma transformação que torne possível a libertação de todos os seres humanos, como salienta Fiori: ‘’O homem não pode libertar-se, se ele mesmo não protagonizar a sua história, se não toma sua existência em suas mãos’’.
    Não sei quando, mas é isso que precisa acontecer, que as (os) trabalhadoras (es) em educação apropriem-se da conscientização, do conhecimento, porque segundo Paulo Freire: “a educação é um ato de conhecimento, uma aproximação crítica da realidade”.
    Percebe-se que quanto mais nós educadoras (es) conseguirmos detectar os motivos que nos fazem ser o que estamos sendo, tanto mais compreenderemos a razão de ser da realidade que nos envolve e assim lutaremos contra esses governantes retrógados e transformaremos a sociedade através da educação.

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