Dom Bosco entregou até seu último suspiro em favor daqueles a quem dedicou toda sua vida. O resultado desta entrega pode ser comparado à metáfora da multiplicação dos pães, pois, a obra que começou numa cidadezinha da Itália, se potencializou por mais de cento e vinte países mundo a fora.
As crianças, adolescentes e jovens de Matriz de Camaragibe vivem em condições semelhantes as que viviam os jovens na terra onde Dom Bosco se inspirou para começar sua obra há 200 anos. Cada lugar no planeta onde a família salesiana se instala é com o intuito de transformar a difícil realidade de abandono e descaso por parte do poder público à camada infanto-juvenil da sociedade. Sua fé e credibilidade logo contagiam mentes e corações que voluntariamente se engajam na proposta de Dom Bosco.
Certamente, a escolha de Matriz de Camaragibe para passagem das relíquias de Dom Bosco em comemoração ao seu bicentenário, se deu muito mais pelo fato do reconhecimento e respeito à filosofia salesiana, por parte dos cidadãos comuns, do que pelo interesse dos gestores públicos ao projeto que consolidou a ação de Dom Bosco para a posteridade. Estes, parece não terem percebido a presença dos salesianos em nosso município.
Sendo assim, a visita das relíquias a Matriz de Camaragibe foi imprescindível para mostrar que os desejos do santo para com os nossos jovens, mesmo depois de tantos anos de dedicação dos cooperadores salesianos, não conseguiram abalar a estrutura corrupta dos nossos administradores que em pleno século XXI continuam proporcionando às nossas crianças, adolescentes e jovens nada mais que prostituição infantil, exposição às drogas e o toque de recolher (já comentado neste blog). Diante dos desserviços prestados pelo poder público à juventude camaragibana, como reagiria Dom Bosco a tudo isso?
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