Todas as homenagens pela trajetória dos filhos de Dom Bosco em nosso município são incontestavelmente merecidas. Mas, quando a iniciativa parte da câmara municipal de Matriz Camaragibe, nos passa a idéia de uma experiência científica, onde os cientistas políticos insistem em querer misturar dois produtos que não se unem: água e óleo, por exemplo, tal é o antagonismo entre a credibilidade dos salesianos e o descrédito do legislativo camaragibano perante a sociedade.
O significado da obra salesiana para Matriz de Camaragibe é indescritível, não apenas pelo valor material, mas, pela importância sentimental, espiritual e catequética, fazendo com que o povo matrizense demonstre toda gratidão, amor e credibilidade aos membros desta família. O mesmo não ocorre com relação ao poder legislativo, pois, sua condição de conivência com as atitudes do executivo de total desrespeito pelo povo faz com que, sem nenhum constrangimento, a comunidade camaragibana demonstre completo desinteresse por qualquer ação que parta da câmara municipal.
O dia vinte e seis de janeiro ficou marcado pelo desprestígio do legislativo municipal diante da sociedade camaragibana que, mesmo fazendo uma homenagem acertada e original aos salesianos, não conseguiu fazer com que todas as cadeiras do plenário da casa fossem ocupadas pelos nossos munícipes. Se os homenageados não fossem do quilate da família salesiana, a atividade se tornaria um ato demagogo, proporcionado pelos três vereadores presentes naquela sessão, que, além deles, não contou com mais nenhum representante dos poderes constituídos.
O bicentenário de Dom Bosco e os vinte e sete anos de dedicação da família salesiana à Matriz de Camaragibe, além de um momento histórico para o povo da terra do senhor Bom Jesus, mostrou também que este mesmo povo sabe identificar a diferença entre as obras de Dom Bosco em nossa cidade, que são como água pura e cristalina e as impurezas do óleo queimado que está nos desserviços prestados pela câmara municipal à comunidade camaragibana.